domingo, 15 de abril de 2012

A Ponte



Na cidade de Catas Altas tivemos que escolher um local para realizarmos uma performance e uma futura intervenção. Depois de muito andarmos (muito mesmo), escolhemos dois  lugares que mais nos chamaram a atenção: uma pequena pracinha com um coreto e uma ponte sobre o Rio Maquiné. Depois de um "pequeno" debate (e de um pequeno conflito com outro grupo) decidimos ficar com a ponte. Escolhemos a ponte por a acharmos um lugar com muito potencial para a intervenção, devido à sua forma interessante e ao intenso transito de pessoas.
    
O Rio Maquiné foi revitalizado pela Vale para evitar grandes enchentes, e a passarela foi reformada depois de um acidente durante uma chuva. Muitas pessoas  usam a ponte durante todos os dias, a maioria delas varias vezes ao dia, e enquanto estivemos lá conversamos com varias pessoas sobre a ponte, a cidade e a vida delas. Alias o fluxo é algo constante na ponte e muitas vezes nos nos deparávamos barrando a passagem das pessoas enquanto discutíamos ou ensaiávamos a performance. A passarela não é de grande porte, e permite a passagem apenas de pedestres e ciclistas. Os motoristas encontraram uma opção não muito ortodoxa, mas bastante eficiente para poder cruzar o rio: se aproveitando do baixo volume das águas eles atravessam no próprio rio.

Mas de todos que usavam a ponte os mais espirituosos e criativos eram, sem duvida, as crianças. Elas sempre tinham uma maneira diferente de atravessar a passarela se pendurando pelas barras ou escorregando pela escada. Na verdade elas se entretinham tanto com a ponte que os pais quase sempre tinham que voltar para busca-las. Durante nossos ensaios para a performance varias delas vinham conversar e brincar conosco e, de fato, varias das nossas ideias para a apresentação foram inspiradas nas brincadeiras delas.












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